setembro 16, 2006

Sonho

Minha idade anda pesando, tenho trabalhado muito nos últimos dias. O cansaço está quase me pegando de jeito. Hoje tive que trabalhar um pouco, (meus planos eram tão diferentes). Mas a Fé permanece. Quem me conhece sabe que sou movida por energia solar, sempre que há uma mudança radical no clima isso me afeta sei lá qual o motivo.
Cheguei em casa na parte da tarde, fiz algo raro. Deitei no sofá e dormi.
E como sempre, basta eu dormir um pouco que lá vem meus sonhos ou pesadelos.
Mas o sonho de hoje foi especial. Sonhei com o Artista que já mencionei numa postagem anterior. E no sonho estavámos conversando por telefone, sobre o tempo que ele estava longe, falavámos sobre tantos assuntos, num determinado momento ele avisa que vai retornar da longa viagem e começa a cantar a seguinte canção:

Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando

Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando

Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar
Pode se perfurmar
Porque eu tô voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador
Encha a casa de flor
Que eu tô voltando

Pega uma praia aproveita tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando

Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar
Porque eu tô voltando

Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando

Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da vó
Que eu tô voltando

Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero la la iá
la la iá iá iá
Porque eu tô voltando

(Maurício Tapajós/Paulo César Pinheiro)

Eu sempre soube que Godê era um artista cheio de talentos, mas que cantava não.
Se canta não sei, mas que ele encanta, encanta com sua Arte.
Sonhar é sempre bom.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quisera eu estar em teus sonhos e viver na tua realidade


"Observo-te!... Teu campo, teu domínio
Tua grandeza, tua proporção
Causa em mim, um tal fascínio
Que me entrego à contemplação...

Um oceano negro, salpicado
Reluzindo um brilho desigual
Em cada ponto teu, que é prateado
Há uma incerteza natural

Envolve a Terra com simplicidade
Interfere no comando da razão
Negas ao mundo tua claridade
Pois teu segredo, habita a escuridão

Os astros, súditos de teu reinado
São carícias, em teu revolto manto
Inspiram mistérios velados
Que chegam a causar-me espanto...

Sugere sempre o desconhecido
Incita toda a sensibilidade
Dominas o rumo de quem foi vencido
Pela fraqueza da curiosidade...

Causa-me inquietação
Quase um medo de te conhecer
Receio tua força, tua solidão
Quando te afastas ao amanhecer...

Céu... Infinito... Paraíso!
Quem sabe o que és realmente
Permaneces num ato conciso
Acolhendo este planeta incoerente...

Meus olhos brilham ao observar-te
Porto de almas infantis!
Meu coração deseja revelar-te
O quanto na verdade, me fazes feliz..."

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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