dezembro 10, 2007


Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.


(Luís Vaz de Camões)

5 comentários:

Edson Marques disse...

Ah, Camões... como eu demorei para amá-lo!

Deliciosamente.

Abraços, flores, estrelas..

Codinome Beija-Flor disse...

Edson,

Eu penso (acho) que amar Camôes é algo que DEUS só permite à quem realmente "AMA".
Para o amor e no amor, não há demora, mas sim o momento certo.
Abraços

Paula Barros disse...

Oi
estou vindo por aqui e gostando.
estou likando seu blog ao meu para facilitar os acessos.
bjs


http://pensamentosefotos.blogpost.com

Anônimo disse...

Beija-flor,

O amor sempre presente aqui e em seu coração. Lindo!

Bjs

Mari

Edson Marques disse...

Você talvez me conheça apenas como poeta-filósofo.

Hoje, veja meu projeto louco de poeta-pedreiro. Publiquei uma foto dele.

Abraços, flores, estrelas.

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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