janeiro 29, 2008

Julgamento

Quadro de Valentin de Boulogne (Le Valentin)
O Julgamento de Salomão


Julgar é fácil, difícil é ter autocrítica.

Bem definido nos ditadinhos (velhinhos e bem batidos), mas verdadeiros: "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço" ou ainda: "Macaco senta no próprio rabo para falar do rabo dos outros", e tantos outros parecidos.
A vida é assim mesmo, (por vezes) somos julgados e condenados sem a menor clemência.
Um belo dia você descobre que o "julgador" também tem seus defeitos (às vezes, bem maiores que os nossos).
Cada um tem sua verdade (acredita nela), a verdade dos outros não é verdade.
Tudo é sempre pobre, nojento, desprezível, imoral... (nos outros, só nos outros).
Qual a graça em fazer cócegas?
Resposta: A certeza de provocar o deleite, o riso. Exatamente como acontece quando nos abatemos com o julgamento alheio, e o "julgador" sente o sabor de vitória, a certeza de que somos inferiores.
Mas, um dia .... percebemos que a nossa verdade é bem mais verdadeira.

"Quem nunca errou que atire a primeira pedra!"

4 comentários:

Paula Barros disse...

Realmente querida. Mesmo sabendo disso julgamos e somos julgados. Muito bom, o seu post, a sua escrita, e o sentimento que ele transmite.
Fica a reflexão para cada um.
beijos

Anônimo disse...

Gostei do teu texto!


Nem ligo quando me julgam.

Sabe por quê?

Porque ninguém pode me condenar. Muito menos aplicar a pena que supostamente eu mereça... rs!


Abraços, flores, estrelas.

Jade disse...

"Quis custodiet custodes?"
"Quem guardará os guardiões?"
Juvenal, poeta romano no VI livro das "Sátiras" (século II).
É muito fácil posar de ser superior esquecendo que todos os seres humanos são iguais em essência, ninguém nunca será tão perfeito que poderá ter o poder de julgar os outros!!
Beijos!!

morenocris disse...

Frases perfeitas! Perfeitas! Para refletir mesmo!

Beijos, amiga.

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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