janeiro 11, 2008

Às Vezes Maldita, Às Vezes Bendita

(foto minha)


A saudade é assim, em alguns momentos adoro sentir... de coisas boas, do que foi vivido, do que foi sentido, do que foi falado; em outros não suporto o estrago que ela faz. Hoje a saudade veio me visitar, mas infelizmente é a saudade maldita. Essa de hoje, dói, maltrata, castiga, não faz bem, sufoca, esmaga, vem sem piedade, sem compaixão. Essa saudade, que dá tanta saudade de VIDA.


Poema do Amor Perfeito

Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.

Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.

Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...

Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

(Cecília Meireles)

Um comentário:

Paula Barros disse...

Seu post complementa o meu. Ando cheia de saudades. Também é a saudade maldita.
Foi bom ler o seu sentimento.
beijos

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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