fevereiro 17, 2009

Mil Pedaços


Em quantos partes fui partida?.
Quebrada pela força das palavras faladas e escritas.
Ao pó fui reduzida.
E vi quebrar diante de mim, a própria vida.
Da "vida" fui varrida.
Como poeira fui jogada ao vento.
E o vento foi ganhando força.
Virou redemoinho, tornado, furacão.
E do "olho do furacão" avistei um novo tempo.
O que era poeira, criou força, foi unindo uma partícula a outra.
Foi redescobrindo as formas.
Foi reunindo partes.
Achando os encaixes.
O que eram mil pedaços.
Me dá nova forma.
A forma de "MIM".
Que voltou inteira depois do triste "FIM".

27 comentários:

Paula Barros disse...

Eu que fico sem voz, sem fala, (ainda bem que não precisa de voz para comentar rsrs)abismada com sua forma de escrever.
Com maturidade, seriedade, domínio das palavras.

Muito bonito mostrar a possibilidada da reconstrução do ser, depois de partida, moída, doída. Depois do fim o recomeço.

abraços

Vivian disse...

...juntar as partes
realmente não é fácil.
mas com carinho e dedicação,
conseguimos nos reconstruir
fazendo-nos renascer colunas
indestrutíveis.

um bj, linda!

Eu disse...

Palavras fortes...mas que revelam uma grande renovação...

Eu espero que agora esteja inteiro o seu coração!

Beijos

Menina do mar disse...

E dizes tu que não sabes escrever... Meu Deus que coisa mais linda!

Anônimo disse...

“Que voltou inteira depois do triste fim” seria muito apropriado se fossemos realmente divisíveis (fisicamente falando), mas o texto reflete a concepção do ser enquanto pessoa pensante e subjugada pelas intempéries dos fatos, dos outros e da falta de adequação dos propósitos que temos na vida e que efetivamente não podemos ser o que somos exatamente como gostaríamos, pois como seres sociais, vivemos, amamos, brigamos, gostamos, odiamos, dividimos, e nessa ciranda de acontecimentos podemos considerar que mentalmente e espiritualmente nos espalhamos pelos corredores do mundo até que num determinado momento haja a reestruturação ou reconstituição de nós.
Quanto isso acontece, damos adeus à inocência e abrimos as portas para dar boas vindas à madureza do pensamento que nos fará inteiros a partir daqui.

Fabi disse...

Já perdi as contas de quantas vezes fui partida e de quantas vezes juntei todos os caquinhos.
Mas como já escreveu Cecília Meireles: aprendi com a primavera a deixar-me cortar e voltar sempre inteira!

beijos pra ti

Ava disse...

Como um beija-flor, vc passou por cantinho...rs
E aqui vim, te conhecer...
E me deparo com esse poema lindo...
Depois de mil pedaços, uma colagem perfeita!


Só beijos avassaladores pra vc!

Sonia Schmorantz disse...

De quantos pedaços é feita nossa vida também? Somos colchas de retalhos, cada pedaço tem sua história e o conjunto de todas as histórias somos nós...despedaçados e depois reunidos sempre de um novo jeito...
beijos

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Um ciclo termina, começamos outro. Renascidas, fênix!
Beijos e borboleteios

Aline Aguayo disse...

Lindo.

Gostei dos versos. Prazer, Aline.

Persona disse...

Às vezes precisamos "nos quebrar" para reconstruir!

Bjo

blog do dudu santos disse...

Não existe fim, só a morte... o resto é sempre começo, amadurece, acaba, começa, amadurece, acaba, começa.......
bjo do artista

Paula Barros disse...

Oi
Gosto da musica deixada lá, e mais ainda por ter relacionado com a escrita.

beijos

Solange Maia disse...

Bela síntese.
Síntese do amor, da vida...

Belo blog.
Blog de conteúdo, de alma...

Sorte a minha ter vindo parar aqui.
Li bastante... você escreve muito... amei.

Parabéns !
Quando der visite meu blog também :

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com

Beijo,
Solange Maia

Solange Maia disse...

Ah... esqueci de dizer, mas valeu voltar para contar : as laterais de seu blog, a descrição do seu perfil... tudo de MUITO bom gosto... poesia e sensibilidade...
amei, amei.

Beijo,
Solange Maia

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDA CONDINOME, QUANTAS VEZES A VIDA PREGA AS SUAS PARTIDAS... MAS A TUA ESCRITA DEMONSTRA UMA MULHER FORTE, QUE SABE JUNTAR OS CACOS...
UM FORTE ABRAÇO MINHA AMIGA... BEIJINHOS,
FERNANDINHA

Tanmela disse...

Obrigada pela visita!! =) simplesmente as palavras que escreves tão selecionadas pela ternura de uma poeta! =)

volto sempre por ake!
grande beijo! sucesso..

Anônimo disse...

Flor,

Nos altos e baixos da vida, tudo é uma lição vivida, um aprendizado que faz de nós pessoas maduras em nossos atos futuros e até mesmo melhorar ou mesmo controlar os nossos sentimentos. A cada pancada, vamos juntando os caquinhos até nos tornarmos inteiras, mas de forma aprimorada...

Bj flor e bom carnaval!

Mariana Silveira disse...

'Me fiz em mil pedaços pra vc juntar
E queria sempre achar explicação pra o que eu sentia...
E mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira...'
{Legião Urbana)

Tozé Franco disse...

Recomeçar faz parte da nossa natureza.
Um abraço.

Uma aprendiz disse...

Oi, menina

Saudades de estar por aqui, estou sem net. De novo. kkkkkkkkkkkkkk

Lindo seu texto.

beijos

Citadino Kane disse...

Adentro o teu espaço em silêncio para soprar em teu ouvido:- carpem die!

poetaeusou . . . disse...

*
belo amiga,
um mar de sensibilidade,
feita defesa instintiva, um
condensar dos átomos desta vida,
o renascer para lá do FIM,
,
conchinhas serenas, envio,
,
*

Heduardo Kiesse disse...

tão lindo e eu me sentindo dentro do poema em palavras sentidas!

abraços

Branca disse...

Juntar os pedaços...difícil, mas não impossível...

Bom carnaval pra vc,
bj.

EDUARDO POISL disse...

Desculpa pela minha ausência, mais estou trabalhando, Florianopolis está lotada de turistas para o Carnaval.
Só passei para desejar um bom fim de Carnaval e uma ótima semana.
Abraços

Pensamentos disse...

Cheguei até aqui através do Blog Templo dos Sonhos, e confesso que gostei muito do que li.
Parabéns.
André

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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