Recentemente (talvez um mês) cheguei do trabalho vi sobre minha cama um lençol branco, com barrado cor-de-rosa e com um lindo bordado português. Meu Deus como o tempo passa.
Este lençol foi do enxoval dos meus pais, que emoção.
Num segundo, voltei para 1975 (é verdade).
Vi-me exatamente naquela casa simples, lá estava a cama (dos meus pais) que servia de brinquedo para mim e minha irmãs.
Na década de 70 os armários (guarda-roupa) não tinham o tal maleiro, que coisa boa era isso.
Sabe o que aprontavamos? Subíamos no armário e pulávamos na cama, uma vez, duas, três...
Num belo dia a cama não suportou e quebrou.
Mais que depressa eu e as maninhas tratamos de colocar nossas habilidades em prática, pegamos todas as latas de óleo (naquele tempo o óleo vinha na latinha) e pronto, lá estava à cama arrumadinha, perfeita, Ufa!!!
Quando minha mãe chegou, depois de um dia inteiro de trabalho, lá foi ela, “Mulher Maravilha” preparar o jantar, verificar os cadernos das minhas irmãs (eu só tinha cinco anos, não estava na escola), colocar as quatro pestinhas no banho e tudo mais que só sendo mãe se é capaz de fazer. Ela a última sempre a ir para o banho. Não faço idéia de que horas eram e lá se foi minha mãe, direto para cama. Quando de repente a cama, ou melhor, o que restava dela, saiu rolando sobre as latas de óleo.
O silêncio tomou conta da casinha modesta da Travessa do Monte, nº. 07 – Lauzane Paulista.
Minha mãe não disse uma só palavra, lá permaneceu deitada, o cansaço era tanto que não restava mais forças nem para uma pergunta.
Sabe o que aprontavamos? Subíamos no armário e pulávamos na cama, uma vez, duas, três...
Num belo dia a cama não suportou e quebrou.
Mais que depressa eu e as maninhas tratamos de colocar nossas habilidades em prática, pegamos todas as latas de óleo (naquele tempo o óleo vinha na latinha) e pronto, lá estava à cama arrumadinha, perfeita, Ufa!!!
Quando minha mãe chegou, depois de um dia inteiro de trabalho, lá foi ela, “Mulher Maravilha” preparar o jantar, verificar os cadernos das minhas irmãs (eu só tinha cinco anos, não estava na escola), colocar as quatro pestinhas no banho e tudo mais que só sendo mãe se é capaz de fazer. Ela a última sempre a ir para o banho. Não faço idéia de que horas eram e lá se foi minha mãe, direto para cama. Quando de repente a cama, ou melhor, o que restava dela, saiu rolando sobre as latas de óleo.
O silêncio tomou conta da casinha modesta da Travessa do Monte, nº. 07 – Lauzane Paulista.
Minha mãe não disse uma só palavra, lá permaneceu deitada, o cansaço era tanto que não restava mais forças nem para uma pergunta.
Eu, um pedacinho de gente, pirralha, caçula, fui eleita pela maioria, a ser porta-voz, adentrei no quarto e com a cara mais lavada disse:
- Mãe! A cama caiu sozinha...
Ah! Contei tudo isso só para dizer que o lençol era o mesmo, resistiu ao tempo (42 anos ou 43 anos) e continua lindo.
- Mãe! A cama caiu sozinha...
Ah! Contei tudo isso só para dizer que o lençol era o mesmo, resistiu ao tempo (42 anos ou 43 anos) e continua lindo.
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