março 07, 2009

A Resposta


Toda mudança necessita de uma fase de adaptação.
Quando mudei para o apartamento atual tive que aprender as regras do condomínio.
Mas no terceiro dia após a mudança tive um incidente com outro morador, afinal eu não havia me acostumado com a nova obrigação de deixar a chave do carro, pois temos manobrista e vagas duplas, mas não do mesmo apartamento, ou seja, quem chega primeiro pára o carro, quem chega depois tem que deixar a chave, eu esqueci.
Foi quando tocou o interfone aproximadamente as 07h00, era da portaria pedindo que eu levasse a chave urgente para o outro morador retirar o carro.
Lembro que só coloquei um roupão e lá fui eu, tudo isso não levou mais que três minutos.
Bastou eu abri a porta do elevador, lá estava o outro morador que recepcionou-me ao gritos, com as palavras mais "delicadas" que se possa imaginar.
Como eu estava errada tentei por vezes pedir desculpas, mas ele não ouvia nenhuma palavra que eu falava.
Depois daquele dia nunca mais esqueci de deixar as chaves.
Não sei se por vingança ou distração, ele repetiu o meu feito por duas vezes.
A primeira vez foi em dezembro, eu desci para ir ao trabalho e o carro dele fechava o meu, fui procurar o manobrista, que informou que a chave não estava ali, não sei o que aconteceu, mas o dono do carro não desceu, foi o manobrista quem subiu ao andar (não sei qual é) para buscar a chave, isso levou uns 10 minutos.
Esse semana aconteceu o mesmo, só que desta vez foi o dono do carro quem desceu com as chaves, fiz questão de esperá-lo na porta do elevador, do mesmo modo que ele havia feito comigo.
A porta do elevador se abriu, ele olha para mim e diz:
- Pode xingar!
A minha resposta, no meu mais suave tom de voz:
- Eu não! Afinal, minha educação é bem diferente da sua.
Pelo caminho, fui pensando: "Por que as pessoas querem sempre tirar o pior de nós - (ou) - Desejam que sejamos iguais a elas"

5 comentários:

Anônimo disse...

Por alguma razão ainda desconhecida, certas pessoas tem o desejo de vingança...
Talvez isso seja só uma necessidade de se auto-afirmar, de se mostrar, ou chamar a atenção.
A unica coisa a fazer, é ignorar e agir de acordo com nossa educação. Você está certissima!!!

Adorei a postagem

Bjs

Paula Barros disse...

As vezes as pessoas só sabem ser daquela forma. Algumas até sofrem por serem assim.

Mas é com atitudes contrárias que damos as melhores respostas, e muitas vezes ensinamos um modo diferente de agir.

abraços

Sonia Schmorantz disse...

Feliz dia da mulher! Devo dizer que adoro tuas aventuras do dia a dia, em tudo se tira uma lição.
beijos

MEHC disse...

Você agiu de modo perfeito mas, muitas vezes, é difícil contermos a revolta por comportamentos tão anti-sociais. Minha filha mais velha vem suportando queixas de uma vizinha intolerante, lá no condomínio dela, que protesta violentamente cada vez que as crianças dão uma corrida no terraço, por cima do apartamento dela, mesmo que seja à uma hora da tarde de um dia feriado! Quem não sabe viver e conviver em condomínios, deveria contruir uma bela manção rodeada de densa floresta e ficar lá a morar!
Bjo grande.

Anônimo disse...

que bom! demorou mas vc teve tua oportunidade de revidar. E se eu fosse o "cara" tomaria esse revide como um belo tapa com luva de pelica.

mandou bem

bjus

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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