janeiro 26, 2011

Fanatismo

Minhálma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és se quer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

'Tudo no mundo é frágil, tudo passa...'
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!


E, olhos postos em ti, digo de rastros
'Ah! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus: Princípio do Fim!...'

(Florbela Espanca)

2 comentários:

Li disse...

Ouço esta música quase todos os dias na voz de Fagner! Adoro!!
Parabéns pela escolha e pela imagem... linda!!!
Beijinhos
Li

Jorge disse...

Não conheço a música, mas adoro o soneto. Grande poetisa foi Florbela Espanca. Viveu e morreu a menos de 10 Km de onde vivo e é em Vila Viçosa que o seu corpo repousa.

Beijos, segredos

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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