Le souffleur (hommage à Louca), 2001
A Dias Paredes
Quando ela passa: - a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.
Eu sei a sua história. - Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso
- O segredo d’um peito torturado -
E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça - coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta.
A Dias Paredes
Quando ela passa: - a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.
Eu sei a sua história. - Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso
- O segredo d’um peito torturado -
E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça - coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta.
(Augusto dos Anjos)
Me vejo em parte deste poema, "O cabelo revolto em desalinho"
3 comentários:
Minha filha, dá um pulinho no cabeleireiro, nada de mais fácil solução. Fica no trabalho o tempo todo e depois diz que o cabelo está 'de louca'!
Emilia,
Agora ele já está devidamente tingido.
Mas adoro meus cachos.
Beijinhos
É lindo o poema!! Mas eu nunca que vou querer meu "cabelo revolto" hehehehe!!
Beijos!!
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