março 24, 2008

António Melenas - É Tempo Ainda


É TEMPO AINDA ...
(contra o veneno da rotina)

É tempo ainda, Amor
de retomar
a viagem que iniciámos
juntamente.

De voltar ao fluir
do nosso rio,

de recerzir o tempo
fio a fio,

de reatar o passado
no presente.

É tempo ainda, Amada (o)
de acordar.

Redescobrir sentidos
novos nas palavras.

Reencontrar esquecidos
gritos nos silêncios.

Renovar
o antigo frescor das madrugadas .

É tempo ainda, Amor
de avivar
a memória de gestos
já perdidos ...

O sabor
de antigos sonhos
recriar ...

Reinventar o amor
e incendiar
a adormecida chama dos sentidos,

0 entrelaçar dos dedos
a ternura
da troca de um olhar

O estilhaçar dos medos
na aventura
dos corpos penetrar.

A procura
das bocas, numa fome
nunca satisfeita de beijar ...

É tempo ainda, Amiga (o),
É tempo ainda.
É tempo ainda de voltar !

3 comentários:

Anônimo disse...

inteiramente justa essa homenagem que faz ao António. agradeço por tê-la feito. (jorge)

Menina do mar disse...

que lindo....

blog do dudu santos disse...

Não o conheci, parece uma pessoa muito especial..enfim os ciclos estão sempre funcionando, e tem um dia que é nossa vez, a vida também é a morte
bjos

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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