janeiro 25, 2010

São Paulo

Onde nasci,
Onde cresci,
Onde dei a luz,
Onde sorri,
Onde chorei,
Onde amei,
Onde quero morrer.
456 anos! Parabéns!


"Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus. "


(Mário de Andrade)

5 comentários:

FOTOS-SUSY disse...

OLA AMIGA, MARAVILHOSA POSTAGEM...ADOREI O POEMA DE MARIO DE ANDRADE...PARABENS SAO PAULO...VOTOS DE UMA FELIZ SEMANA!!!
BEIJOS COM AMIZADE,


SUSY

Sonia Schmorantz disse...

Parabéns a todos os paulistanos, São Paulo é um marco da história nesse país.
beijos

Tozé Franco disse...

Ora viva.
Parabéns a todos os auulistas. Amanhã darei o parabéns aos meus alunos paulistas que estudam no meu Colégio.
Gostei do poema.
Um abraço.

Rubi disse...

Fascinante, um dia vou aí!

Anônimo disse...

Parabéns a sua cidade, mto linda. Amei vc ter colocado um dos vários poemas de Mário de Andrade.

Obrigada Flor pelas felicitações, vc está certa, nunca é tarde para desejar o bem ao próximo.

Obrigada pelo elogio tmb...:)

Abraços enormes em ti:)

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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