outubro 19, 2010

Quando eu era grande


Quando eu era grande esquecia o amor
perdia-me em formulas, destilava saber
e subia aos palcos sem me estremecer
sem voz embargada, sem qualquer rubor.

quando eu era grande conhecia o mundo
enumerava reis e brincava às embaixadas
e sabia que o mar é imenso e profundo
e que as suas areias são praias douradas.

quando eu era grande desconhecia o tempo.
mas um dia tornei-me pequeno, e foi então
que escutando só a voz do coração
deixei escorrer o tempo pela fresta

que espia circunspecta a noite escura
e ardi, como um poeta, de loucura
sentindo na garganta tal secura
que amar é tudo aquilo que resta.

Poeta Jorge

2 comentários:

Jéssica Marques disse...

lindo, lindo!

www.fleur-du-matin.blogspot.com

silvioafonso disse...

.

Versos não são para quem
rima, mas para os que têm
a alma como poesia.
Como você.

silvioafonso.
Cada dia mais palhaço





.

O Que Sou:

Um misto de:
Fracasso e conquista,
Coragem e medo,
Brutalidade e fragilidade,
Vida e morte, mulher e bicho,
Sonhos e pesadelos.
Sou um fio de esperança.

"Um misto de fracasso e de conquista.
Um medo transmutado de coragem.
Tão frágil como a rosa que se avista.
Brutal no cinzentismo da paisagem.
Assim mulher e bicho me retrato.
Mesclando o pesadelo com o sonho.
E vivo de incertezas... e me mato.
Num fio de esperança que reponho."
(Jorge)

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