
Félix Lope de Vega, também citado como Félix Lope de Vega Carpio ou Lope Félix de Vega Carpio, (25/11/1.562 - 27/08/1.635). Dramaturgo espanhol nascido em Madri, fundador da comédia espanhola e um dos mais prolíficos autores da literatura universal. De família modesta, estudou com os jesuítas e entrou depois para o serviço do bispo D. Jerônimo Manrique, que lhe proporcionou sólida formação e levou-o consigo a Alcalá de Henares, estudou na Universidade de Salamanca (1580-1582), serviu na Invencível Armada (1588), enviada contra a Inglaterra e sobrevivendo à derrota começou a escrever (1588). Foi secretário do Duque de Alba (1590) e mudou-se para Toledo e depois para Alba de Tormes. Após escrever sua primeira obra de sucesso, o romance La Arcadia (1598), voltou a Madri decidido a entregar-se à literatura, e foi ainda secretário do Duque de Sessa (1605). Já autor consagrado, estabeleceu-se definitivamente em Madri, mas com a morte da então esposa Juana e de um de seus filhos, sofreu uma forte crise espiritual que o levou a se tornar religioso (1610), ordenou-se (1614) e e foi nomeado oficial da Inquisição. Também famoso por seus vários casamentos, inúmeras aventuras amorosas extra-conjugais e escandalosos romances, que pareciam ampliar sua inspiração, entre eles Marta de Navares, a Amarílis de seus versos, que conheceu (1616) e com quem manteve um amor sacrílego que escandalizou Madri. A morte dela (1632), seguida de uma série de desgraças pessoais, mergulhou o poeta em profunda depressão, que se prolongaria até sua morte. De sua vastíssima produção literária, conhecem-se hoje como de sua autoria 426 comédias e 42 autos, além de milhares de poesias líricas, cartas, romances, poemas épicos e burlescos, livros religiosos e históricos, entre eles os extensos poemas como La Dragontea (1598) e La Gatomaquia (1634), os poemas curtos Rimas (1604), Rimas sacras (1614), Romancero espiritual (1619) e a célebre écloga Amarilis (1633), uma impressionante homenagem à amada morta. Ainda são destaques por sua originalidade, os épicos Jerusalén conquistada (1609), o Pastores de Belém (1612) e o romance dramático La Dorotea (1632).
(Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Félix_Lope_de_Vega)
"Repentinamente" ou "Soneto de Violante"
(Trad. de Carlos Maranhão)
Que eu fizesse um soneto quis Violante,
e logo ao seu comando me submeto;
quatorze versos dizem que é soneto,
e enganados os três, vamos adiante.
Jamais pensei achar uma consoante
e na metade estou de outro quarteto;
mas, se caminho já para um terceto,
nas quadras nada vejo que me espante.
No primeiro terceto vou entrando,
e parece que entrei com o pé direito,
porque fim, com este verso, lhe vou dando.
Já no segundo estou, e até suspeito
que vou os treze versos acabando:
conta se são quatorze, e . . . ei-lo, está feito!
2 comentários:
Esse soneto está o máximo. Cheio de bom humor e uma belissima, não fácil, tradução!
Muito legal!! Super gostoso de ler, vou procurar mais coisas dele...
Quando eu era adolescente eu fiz um soneto... nem se compara é claro, mas foi muito legal fazer!!
Postar um comentário