Como posso chamar de "comentário" algo tão especial? Não é comentário é POESIA. Compartilho com vocês o que foi deixado pelo amigo Jorge .
Quando eu vier (quando eu te vir)
Hão-de se abrir para eu entrar todas as portas
Hão-de ranger sob os meus pés as sombras mortas
E o teu quarto de luar se há-de cobrir.
Quando eu chegar
O sonho do teu sonho há-de quebrar-se
E na onda do teu corpo levantar-se
Um temporal que a noite há-de amainar.
Quando eu estiver
Numa orgia de prazer hei-de furtar-te
Ao amor, à poesia, a toda a arte
Que a paixão é tudo isso que requer.
Quando eu partir
Dos meus olhos restará só a coragem
Mas em ti terá ficado a tatuagem
De um pássaro de fogo a refulgir.
(Jorge )
5 comentários:
Olhe, eu não sou a menina do mar, mas que maravilha, viu?
"Abrir todas as portas" - temos tantas portas, somos uma grande casa, com muitos compartimentos.
Espantar os mortos. Fora o passado!
E por aí vai, nessa orgia do amor.
Parabéns ao poeta. Este sim, pode-se dizer que é um poeta! E dos bons!
Abraço!
Belíssimo poema!
Impressionante...
Abraços, flores, estrelas.
Poesia da boa essa do Jorge! Amplexos do Cireneu!
Esfinge que filtra o melhor da poesia...
Beijos!
Saudades!
Menina,
Meu amigo Jorge é mesmo POETA de muito talento. Cada comentário que deixa é sempre encantador.
Beijinho
Edson,
Belíssimo mesmo, merece sem dúvida nossos aplausos.
Beijo
Cireneu,
Eu concordo plenamente com você.
Beijinho
Oscar,
Nem sei se merecia algo tão lindo, mas eu adorei.
Bjo
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